domingo, 27 de novembro de 2011

Relatório do novo plano de aula

RELATÓRIO
  • APRESENTAÇÃO
O presente relatório tem o objetivo de mostrar uma aula realizada numa turma de 3º ano do Ensino Fundamental, do Centro Educacional SESC Ler, em São Lourenço da Mata, como foi solicitado pelo professor da disciplina de Metodologia do Ensino da História II, Ricardo Pacheco, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Com a finalidade de expor novas metodologias, esta aula foi baseada no Estudo do Meio, na Educação Patrimonial e em um Relato, o que mostra que tais métodos contextualizam o ensino de história com as experiências de vida dos alunos e seus conhecimentos prévios, facilitando, desta forma, o ensino da disciplina história, tornando-a prazerosa e humanística.

  • MÉTODOS E TÉCNICAS
Antes de inserir o relato, o estudo do meio e a educação patrimonial na aula, que teve como tema: “Alto do Moura & A Cultura Nordestina”, foi usado um texto de apoio até a utilização das metodologias supracitadas, dividindo-as em vários momentos.
Primeiro, para realçar os conhecimentos prévios dos alunos, foram feitas várias indagações, objetivando uma reflexão dos alunos sobre a importância do Alto do Moura e de Mestre Vitalino para a nossa cultura. Em seguida, foi solicitado que os estudantes registrassem suas opiniões, para que logo após pudesse haver um comparativo com o que ‘se achava a priori’ e ‘o que foi consolidado após os estudos’.
            No terceiro momento, foi feito um estudo, através de um texto, da história de Caruaru e do Alto do Moura, para perceber a compreensão dos alunos em relação à cultura nordestina com estes objetos de estudo.
            Por último, foi realizado um Estudo do Meio, juntamente com uma Educação Patrimonial, sendo tudo isto concomitante a um relato de vida. O Estudo do Meio deu-se na cidade de Caruaru, evidenciando o patrimônio histórico-cultural Alto do Moura. O relato foi narrado por Severino Vitalino, sobre a história de vida do Mestre Vitalino. O que resultou numa produção textual em um diário de bordo, seguida de uma criação artística de obras do artista estudado, sendo apresentado para toda a escola.

  • RESULTADOS
As etapas realizadas nesta aula foram, de modo geral, satisfatórias, pois os educandos mostraram-se, desde o começo, envolvidos neste processo de ensino-aprendizagem, participando, portanto, de forma excelente em todos os momentos.
Sendo assim, a forma que a aula foi conduzida facilitou o envolvimento dos alunos, questionando e respondendo as perguntas solicitadas e produzindo textos de acordo com o que foi lido e ouvido através do texto e relato, respectivamente.

  • DISCUSSÃO
As metodologias estudadas em sala de aula, na Universidade, e aplicadas, também em sala de aula, na escola, reafirmam que é possível estudar história de forma inovadora e agradável, permitindo, assim, o aprendizado dos alunos e uma dinâmica efetiva de ensino, o que torna relevante a divulgação desta aula.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Novo Plano de Aula

PLANO DE AULA DE HISTÓRIA

·         Tema: “Alto do Moura & A Cultura Nordestina”
·         Objetivos:
ü  O aluno irá perceber os fatos mais marcantes da história de Caruaru e do Alto do Moura, em específico;
ü  O aluno conhecerá a história de Mestre Vitalino e do Alto do Moura.
·         Conteúdos: História de Caruaru; Produção textual; Produção Artística.
·         Série/Ano: 3º ano
·         Tempo Estimado: Quatro aulas
·         Etapas:
ü  Iniciar a aula fazendo questionamentos acerca dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o Alto do Moura, por exemplo: “Você já ouviu falar no Alto do Moura?”, “Você sabe em que cidade ele é situado?”, “Você conhece a história de Caruaru?”, “E a história de Mestre Vitalino?”, “Qual a relação dele com o Alto do Moura?”.
ü  Solicitar que os alunos registrem suas opiniões prévias sobre o que foi questionado. Em seguida, solicitar a socialização com toda a turma.
ü  O professor fará uma explanação sobre a história de Caruaru, de forma geral, e do Alto do Moura, de forma específica, através do seguinte texto:
“Caruaru é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Distante 130 km do Recife, Caruaru é conhecida nacionalmente pelos festejos juninos, por isso também é chamada de A Capital do Forró. A festa de São João, dura 30 dias e toma o mês de junho inteiro, por vezes até adentrando os meses de maio e julho, sendo considerada uma das melhores festas de São João do Mundo.
As terras que hoje constituem o município de Caruaru eram antigamente uma fazenda de gado, pertencente à família Nunes dos Bezerros. Este nome deve-se à proximidade da fazenda com a paróquia dos Bezerros. Com a família Nunes vivia um casal de órfãos. Um deles, José Rodrigues de Jesus, apossou-se da parte que lhe cabia na herança, estabelecendo-se no local denominado Caruaru. Ali construiu uma capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. O povoamento da região iniciou-se no entorno desta capela.
Em dezembro de 1895, foi inaugurada a estação ferroviária da "Great Western" que ligou Caruaru ao Recife, que consolidou o desenvolvimento local. Nesta época, já era famosa a feira de Caruaru.
Nesta cidade é há um bairro, bastante conhecido, denominado Alto do Moura, onde se concentra uma comunidade de artistas do artesanato do barro. Antes do século XVI, a região fazia parte de um território compreendido entre a Bahia e o Maranhão, habitado pelos índios Kariris, que possuiam uma produção de cerâmica de barro rústica, sem um estilo definido ou decoração. 
Antigamente, a confecção de potes, jarras, moringas (chamadas no Nordeste de quartinhas) e outros utensílios domésticos era uma tarefa restrita às mulheres e às crianças. As técnicas utilizadas por elas eram muito semelhantes  a dos indígenas e a tradição era transmitida de mãe para filha nas atividades domésticas.
A partir da ida de Vitalino para o local, em 1948, houve uma nova perspectiva para a comunidade. A fama nacional do Mestre contribuiu para facilitar a comercialização das peças, tornando-se uma atividade lucrativa. O trabalho deixou então de ser unicamente feminino, passando os homens a aderir à prática da cerâmica figurativa de barro.
Em 1971, a casa onde viveu  Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963) foi transformada na Casa Museu Mestre Vitalino. No local, são expostas suas principais peças, objetos pessoais, fotografias, mostrando um pouco da história do famoso artesão caruaruense. Construída em 1959, a casa sofreu alguns reparos para se transformar em museu, mas conservou a estrutura original em tijolo cru. Estima-se a produção original de Vitalino em cerca de 130 peças, que continuam sendo reproduzidas por seus filhos, netos e bisnetos. Na Casa Museu a entrada é gratuita. “Um dos filhos de Vitalino é o guia e também o administrador do museu.”
ü  Após a explanação do texto supracitado, haverá uma visita ao Alto do Moura, em especial ao Museu do Mestre Vitalino.
ü  Os alunos irão registrar os aspectos que julgarem mais relevantes no local, fazendo analogia ao que foi estudado previamente em sala de aula.
ü  Concomitante ao registro dos alunos haverá, no Museu, o relato da vida de Mestre Vitalino realizado pelo seu filho, Severino Vitalino.
ü  Em sala, os alunos irão produzir, em grupos de quatro ou cinco alunos, um diário de campo, relatando como foi o Estudo do Meio do local escolhido e o que foi dito pelo filho do Mestre de Vitalino.
ü  Após a produção do diário de bordo, os mesmos grupos de alunos irão confeccionar, com argila, alguma obra de Mestre Vitalino, que eles acharem mais relevantes.
ü  Culminância do Projeto: apresentação, para todas as turmas da escola, das obras de artes confeccionadas pelos alunos da turma e relato oral da viagem.
·         Avaliação: A avaliação consistirá na participação dos alunos no estudo do meio selecionado, no relato de vida de Mestre Vitalino e na confecção das obras de artes.

sábado, 1 de outubro de 2011

Plano de Aula - 1ª Verificação de Aprendizagem

PLANO DE AULA

SÉRIE: 3º Ano
TEMA: As Crianças e o Trabalho
DISCIPLINA: História e Língua Portuguesa
CONTEÚDO: Trabalho Infantil: Exploração
OBJETIVO GERAL: Definir o conceito de Exploração Infantil, contextualizando com o cotidiano do público alvo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
  • Comparar a exploração infantil do passado com a do presente;
  • Explorar os malefícios do trabalho infantil;
  • Interpretar o gênero textual: Relato;
  • Relacionar o relato de uma senhora com o cotidiano dos alunos.

DESENVOLVIMENTO:

1ª Etapa: Abordar os conhecimentos prévios dos alunos a partir das imagens abaixo:


Anotar no caderno qual a fotografia retrata uma criança trabalhando na cidade e uma criança trabalhando no campo.
Questionar se os alunos já viram alguma criança que é obrigada a passar o dia todo trabalhando e não tem tempo para estudar ou brincar? Se já viu, contar qual era atividade que ela estava realizando.

2ª Etapa: Mostrar as crianças quais são os malefícios de trabalhar na idade inapropriada:
Tipos de Trabalho
Danos Causados
Em pedreiras
Perda de visão
Produção de seda, cultura da laranja, cultura da cana-de-açúcar
Intoxicação por agrotóxicos
Em carvoarias, em pedreiras e em cerâmicas
Problemas respiratórios
Em aterros sanitários
Intoxicações alimentares
Produção de seda, cultura da laranja, extração de sal
Problemas de coluna
Em pedreiras, em cerâmicas, cultura do sisal
Produção de audição
Em aterros sanitários, produção de seda, cultura da laranja e da cana-de-açúcar
 Picadas de cobras e insetos

3ª Etapa: Aula expositiva sobre a exploração do trabalho infantil

4ª Etapa: Contextualizar o trabalho infantil do passado e do presente, por meio do relato de uma senhora chamada Maria ferreira Maciel.
            “Minha família era muito pobre. Em casa era meu pai, minha mãe, eu e mais três irmãos e duas irmãs. Para ganhar a vida, meu pai trabalhava como empregado em um sítio onde a gente foi morar.
            Meus irmãos que era um pouco mais velhos que eu começaram cedo a ajudar meu pai na roça.
            Com sete anos, eu comecei a estudar numa escola no sítio. Só que eu só pude ir na escola por três meses porque eu precisei ir ajudar meu pai na colheita de algodão. Como a gente ganhava por quilo de algodão colhido, quanto mais pessoas da família trabalhavam, melhor. A gente ia para roça muito cedo, quatro e meia da manhã. Lá a gente passava o dia inteiro e só voltava para casa no final do dia.”

Depoimento cedido em julho de 2004, por dona Maria, aos 87 anos.

5ª Etapa: por meio do relato trabalhado, levantar questionamentos do tipo:
  • Por que dona Maria precisou trabalhar com sete anos?
  • Quais foram os motivos que levaram dona Maria a “abandonar” os estudos?
  • Em sua opinião, quais são as consequências sofridas pelas crianças que precisam abandonar a escola para trabalhar? Comente.

Avaliação: No decorrer das atividades perceber a integração dos alunos, por meio da metodologia usada.